Em momento de crise sempre queremos escutar as melhores soluções, especialmente aquelas que resolverão nossas aflições, que darão fim a nossas angústias ou nos darão esperança e alívio aos nossos pensamentos. Certo? Tudo bem, mas como enfrentar algo que não há precedentes e que aflige toda a humanidade.
Essa resposta de 1 milhão de dólares ainda não foi dada, e acredito que nem será. No entanto, será que cada um não poderia ter respostas particulares e individuais primeiro? Será que não seria hora de lembrarmos das comissárias de bordo nas aeronaves nos pedindo que antes de ajudar a pessoa ao lado, precisamos colocar a nossa própria máscara de oxigênio. Alguns entenderão como uma atitude egoísta e individual, mas estamos em novos tempos, onde precisamos nos adaptar dia após dia, seja em nossas empresas, nos empregos, na família, em nossas casas e convivência. A pandemia nos trouxe uma nova era, ou será que o tempo das cavernas retornaram, onde estar seguro em uma caverna, no caso em nossas casas, era a melhor solução para sobrevivência, saindo apenas quando extremamente necessário.
Seguindo a linha de raciocínio de Murlio Gun, a qual aceitei de forma direta, abandonamos a era dos excessos, devemos repensar todas as nossas relações, prioridades e até mesmo nossos sonhos. E um sonho recorrente para os brasileiros sempre foi a moradia, a “casa própria”. Tenho certeza de que a leitura desse trecho do texto, já fez imaginar como poderia ser sua moradia, aquilo que pode melhorar, independentemente de sua classe social, local onde mora, se é prédio ou casa, e mesmo se sua residência é alugada ou própria. Pois é, diante de todos os pensamentos e suposições quanto ao futuro, tenho a clara sensação que a procura por casas e áreas menos densas retornará com força, não pela oferta, mas pela demanda. As pessoas avaliarão os imóveis pela sua qualidade espacial, pelas suas relações internas e externas ao ambiente.
Enfim, 15 anos atuando no mercado imobiliário, onde a máxima das viabilidades econômicas de “quanto mais melhor” é prioridade, vejo que esta será vencida. Não, não, será ajustada. Ajustada para quanto mais espaço melhor, para quanto mais vista, ar e conforto melhor. Lembrando que tal afirmativa está diretamente ligada ao mercado imobiliário, onde empreendimentos e soluções urbanas surgem em meio a orientação legal, definições por parte dos municípios e suas leis. A ocupação desordenada está mais além, requerendo maior análise, avaliações diretas ao atual tempo. No entanto, não será impossível os novos tempos também trazerem soluções mais integradoras e engajadas com políticas públicas sustentáveis. Bom, para o mercado imobiliário, se é para apostar, aposto nas casas e em empreendimentos com menor densidade. Só o tempo dirá. E na espera das respostas sigo me cuidando primeiro, para em seguida cuidar dos meus e ajudar ao próximo. Você já se cuidou hoje?